domingo, 24 de junho de 2012

Arco e Flecha - Historia


Arco e Flecha - Historia

Poucos esportes se ligam tão estreitamente à história da humanidade como o arco e flecha, ou tiro com arco, arma tradicional durante séculos para a caça e a guerra.

A regulamentação da prática do arco e flecha como atividade esportiva se deu na primeira metade do século XIX. Mas seu uso remonta à idade da pedra e, na antiguidade, alcançou grande desenvolvimento. Depois de um intenso emprego desses instrumentos no período medieval, a invenção da pólvora fez com que os arcos desaparecessem paulatinamente dos campos de batalha e que seu emprego com fins desportivos e de entretenimento ganhasse crescente importância. O tiro com arco, prova olímpica de 1900 a 1920, foi, após vários anos de supressão, reintroduzido nos jogos em 1972.

O arco utilizado nas competições esportivas costuma ser de aço ou de composições de fibra, plástico e madeira. Suas dimensões variam: os arcos mais compridos caracterizam-se pela estabilidade, enquanto os mais curtos oferecem a vantagem de dispararem flechas mais rápidas.

Os arcos empregados nas competições masculinas medem de 1,73m a 1,83m, enquanto os usados por mulheres têm de 1,50m a 1,68m. O cânhamo é o material mais apropriado para a confecção das cordas. As flechas são fabricadas tanto com ligas de alumínio como com madeira de abeto, pinho da Noruega etc; têm ponteira de aço e medem entre 60 e 79 centímetros, com peso máximo de 28g.

Ao atirar, o arqueiro pode contar com a ajuda de uma mira, assim como de marcas diferentes de orientação. O alvo, geralmente feito de palha torcida ou cordas, é fixo, e apresenta na face externa uma superfície de papel ou de lona. Seu diâmetro é de oitenta centímetros para os tiros disparados a menos de cinqüenta metros de distância, e de 122cm para os executados de distâncias superiores. Cada alvo se divide em dez zonas concêntricas, numeradas de um a dez da exterior à central, que definem a pontuação do atirador.

Nas provas organizadas pela Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA), o arqueiro realiza 144 disparos, com 12 séries de três flechas para cada uma das quatro distâncias regulamentares (noventa, setenta, cinqüenta e trinta metros nas competições masculinas, e setenta, sessenta, cinqüenta e trinta metros nas femininas). A pontuação se obtém pela soma dos resultados de todos os disparos. O arco é um esporte olímpico, praticado em recinto fechado.

O arco e flecha é um esporte que requer grande capacidade de concentração e pontaria, assim como boas condições físicas, imprescindíveis para conseguir o equilíbrio adequado entre as várias partes do corpo que intervêm na execução do disparo.
.

Curiosidades do Esporte



Entre 1970 e 1989, houve principais inovações que aconteceram no desenvolvimento de equipamentos que melhoraram a pontuação e recordes mundiais.
No início dos anos 70, John Williams foi o primeiro a usar 3 estabilizadores na frente do arco, antes disso todos usavam ou rod baixo/cima ou so o long rod. John Williams atirou 1268, Record mundial na época, nas olimpíadas de 72, com flechas XX75 e sem uso de button.
Darell Pace, foi a primeira pessoa a conseguir 1300, nunca teve medo de experimentar, foi o primeiro a experimentar o kevlar e V-bar em 1975, ele foi o primeiro a usar lâminas de carbono/madeira nos jogos de 76. Ele fez o recorde mundial em 79, com 1341, usando um Hoyt GM TD 2. A estória dos 1341 foi assim: Um membro da família dele tinha morrido recentemente e ele não tinha treinado por um bom tempo. Ele tinha acabado de receber equipamento novo pouco antes dele e o Rick Mckinney ter viajado pro campeonato, eles não tinham nenhuma marcação de mira. Ele e Rick ficaram presos no aeroporto e tiveram que viajar a noite inteira na véspera da prova. Chegaram atrasados na prova, sem ter dormido e apenas com uma série de treino sobrando. O primeiro tiro de prática do Darell foi um miss e o último dele foi um 9. Depois disso ele teve que advinhar a altura de mira pras outras distâncias. Incrivelmente, Darell e Rick fizeram recordes mundiais a 90m. Darell fez 1341 e Rick deu o troco em 92, com o recorde de 1352, usando um Hoyt Gold Medalist. 


http://arcoeflecha.tripod.com/imagelib/sitebuilder/layout/spacer.gif
Ancoragem Central ou Lateral?






Você deve ancorar pela lateral da face ou por baixo no centro do rosto? Tudo depende da sua estrutura física. O mais importante é que você não saia do plano da flecha.
Ancoragem central essa ancoragem é ensinado na fase iniciante por causa de sua simplicidade. É fácil para o treinador perceber quando o arqueiro muda seu ângulo de ancoragem. A maioria dos arqueiros tem mais facilidade em achar a central do que a lateral. A ancoragem central é mais popular entre a população asiática, enquanto a lateral é mais popular entre os arqueiros americanose e europeus. Isso é devido a estrutura facial que é diferente nas duas raças. A mandíbula é angulado diferentemente, assim direcionando cada pessoa a usar a ancoragem de acordo com sua estrutura facial.
Quando usar a lateral o arqueiro deve ter o cuidado de não puxar demais. Alguns arqueiros puxam exageradamente para trás e na largada a corda pega na lateral do queixo. A corda também oscila lateralmente quando é largada causando inconsistências no disparo.
As vantagens de usar a ancoragem central é a simplicidade e a precisão. As disvantagens são que é difícil estender o pescoço para acertar a posição correta, muitos arqueiros costumam ver dupla imagem e é difícil conseguir uma boa linha.
As vantagens da ancoragem lateral são: que é fácil de mirar, fácil de alinhar e fácil de largar. A desvantagem principal : que é difícil de manter a precisão, pelo ângulo lateral.
Enfim, já é provado que os dois tipos de ancoragens são excelentes sendo utilizados pelos melhores arqueiros do mundo, seja qual for a ancoragem que optar o importante é que você consiga manter a consistência dela.

Ancoragem


Ancoragem

O preparo para uma ancoragem certa começa com o primeiro passo da postura e com o primeiro passo da pré-puxada.
Se a minha postura não estiver adequada, o vínculo dos meus braços em relação ao arco estará mudado em cada tiro, que por sua vez muda o vínculo do meu olho com a mira, muda a abertura dos meus braços e conseqüentemente a potencia (puxada) do arco. A variação na potencia vai fazer com que a flecha ora voe mais forte ou mais fraca.
Então podemos dizer que existem duas etapas iniciais para uma boa ancoragem:
1. A postura
O posicionamento dos meus pés, e o posicionamento da minha cabeça em relação ao ombro. Na parte em que falamos sobra a postura da cabeça, é de eminente importância que a minha cabeça esteja reta, para quando eu virá-la em direção ao alvo ela não incline.
Cada mudança na postura de mina cabeça irá influenciar a minha ancoragem e, portanto, influenciar o meu tiro.
No desenho acima podemos ver que existem várias possibilidades de ancora o arco, e vários erros que se deveria evitar cometer.
Os desenhos 1, 2, e 3 são as três possíveis formas de ancoragem. Como você pode notar, em todas elas a ponta do nariz é a referencia inicial.
Na postura 1. temos uma ancoragem central. Neste caso o arqueiro alinha a corda no meio do nariz e a mão no centro do queixo. Esta é uma ancoragem muito usada pelas coreanas (campeã olímpicas e mundiais). Esta ancoragem se pode fazer em especial quando se possui uma puxada longa (braços longos).
Na postura 2. temos uma ancoragem levemente lateral. Muito usado pelos arqueiros masculinos. De novo o nariz é a primeira referencia, depois se ajusta a mão lateralmente no queixo.
E por fim temos na postura 3. um ancoragem lateral. É uma ancoragem usada por quem usa um beijador. Beijador é um plástico que é preso na corda para ajudar como referência.
Todas estas três ancoragens são válidas e vão depender do arqueiro.
Os desenhos 4, 5, 6 e 7 nos amostram o que não deveríamos fazer:
A figura 6 nos mostra o clássico erro de uma ancoragem baixa. Neste caso a flecha acaba subindo e atingindo o alvo acima do desejado.
Na fig 7 temos o caso de uma ancoragem alta. Neste caso a flecha acaba atingindo o alvo mais baixo.
Na fig 5 temos o caso em que o arqueiro não usa o nariz como referencia. Isso dificulta o tiro.
Em todos estes casos, a ancoragem não é propícia porque ela é difícil de ser repetida de novo e de novo do mesmo jeito. E já que cada alteração da postura vai mudar o meu tiro, é óbvio que se deveriam evitar tais erros.
Na fig 4, temos uma ancoragem muito usado por pessoas que querem ter uma puxada maior do que o cumprimento do próprio braço.
Esta ancoragem não é recomendada porque o posicionamento na lateral do olho é muito difícil de controlar, é difícil de saber exatamente onde está a corda.
Como funciona a mira?
Antes de podermos acertar a mira é importante ter o material adequado, é importante ter as flechas certas com o spine certo para a potencia do arque.
Assumindo que seu arco esteja em perfeito estado e suas flechas sejam adequadas, vamos analisar os possíveis erros que se possa cometer na ancoragem.
Para podermos mirar bem, precisamos de duas referencias, uma linha horizontal e uma linha vertical. Juntando estas duas referencias temos o centro. Portanto, um tiro sempre é bidimensional (altura x largura).
A referencia horizontal (aquela que me dá a lateralidade) é conseguida mantendo a corda sempre na ponta do nariz. Desta forma a distancia entre o meu olho e a corda sempre será igual. Uma vez tendo o nariz como ponto de referencia, ao puxar a corda e manter a mira no alvo eu posiciono a sombra da corda num ponto fixo no aro do arco ao lado da mira. E em cada tiro eu uso as mesmas referencias. Cada mudança nestas referencias vai mudar a lateralidade do meu tiro. Se eu posicionar a corda um pouco mais para a direita no meu nariz a flecha voará mais para a esquerda e não acertará o centro do alvo. Em tais casos, não é culpa da mira, do vento ou do arco, e sim, do arqueiro.

A postura


A postura


A postura se pode dividir em quatro níveis:

1. Os pés
2. A cintura e as costas, a região lombar
3. Os ombros e as costas
4. A cabeça

Vamos começar a analisar cada um destes segmentos:

1.Os pés

Existem vária possíveis posições para os pés. Na realidade não importa como você se posiciona, tanto faz se você esta com ambos os pés no chão, ou só com um, se está atirando de joelhos ou até virado de cabeça para baixo. A postura que você assume durante o tiro é irrelevante, o que importa é que você sempre faça a mesma postura em todos os tiros. Isso quer dizer: se você consegue repetir sempre a mesma postura durante cada tiro, essa postura será a adequada para você. Isto é a regra básica. Se você consegue atirar de cabeça para baixo e sempre repetir essa postura em cada tiro, ótimo, atire de cabeça para baixo. Só que para aqueles que não são capazes de atirar de cabeça para baixo ou num pé só, para tais existem certas regras básicas.

Estas regras são uma forma de molde inicial, para facilitar o aprendizado da lógica do tiro. com o tempo, conforme a individualidade de cada um, cada arqueiro irá modificar a postura básica de acordo com seu corpo.

Então vamos lá, os pés:

A posição básica dos pés e mantê-los paralelos com a linha de tiro, e afastado um do outro da largura do próprio ombro.

No desenho abaixo podemos ver várias possíveis posicionamento dos pés:

A postura básica é o nº 1, neste caso os pés estão paralelos e alinhados com a linha de tiro. esta postura é a mais estável de todas e também a mais neutral. O importante nesta postura que os pés estejam alinhados com a cintura e os ombros. esta é uma postura muito fácil de ser repetida, ela é flexível e proporciona uma melhor e mais fácil adaptação á circunstancias locais que nem vento.

No segundo caso temos onde um dos pés está virado para fora. Alguns atletas gostam desta postura porque ela induz maior segurança e estabilidade (que é mera ilusão). a razão disso é muitas vezes uma certa fraqueza dos tecidos de sustentação que nem os tendões e dos músculos que estão encurtados por falta de exercícios de alongamento. A postura não é errada. o importante é que o arqueiro sempre toma de novo a mesma posição de pois de cada série de tiros.

No terceiro caso temos algo muito comum, mas que deveria ser evitado caso for possível. esta é uma postura um pouco estável, principalmente quando venta. Mas existem muitos arqueiros que têm dificuldade em manter os pés paralelos e assim acabam por escolhendo esta postura. Para tais arqueiros eu recomendo então uma postura mais que nem a segunda, par dar um pouco mais de estabilidade.

O quarto exemplo é uma variação da primeira postura, neste caso o arqueiro optou por bota um pé mais para trás. Esta adaptação se pode fazer para compensar certa fraqueza muscular das costas e dos músculos laterais. Muitas vezes ela é adotada para compensar o vento ou até cansaço, especialmente no fim de provas. Ela tira um pouco da agressividade do tiro, e ao mesmo tempo facilita a abertura do peito assim possibilitando um tiro mais limpo e correto. Não deveria ser uma opção para a postura básica mas pode ser usada como uma alternativa, uma adaptação momentânea. O ponto fraco nesta postura é que ela acentua a curvatura das costas na área lombar, e isso causa mais instabilidade no tiro. O ponto forte é que ela aumenta o alinhamento do braço que segura o arco com o ombro e as costas, dando assim mais estabilidade ao braço.

A quinta postura é uma postura agressiva. neste caso o pé de trás fica um pouco na frente do pé que amostra para a linha de tiro. Esta postura é muito adotada por arqueiros compostos. Nesta postura o corpo fica mais virado para o alvo, a concentração acaba sendo mais agressiva, a puxada não tão longa. esta postura é boa para aliviar a tenção das costas, especialmente quando se começa a cansar durante campeonatos. ela alivia a área lombar das costas, endireitando as costas. O ponto fraco é que esta postura enfraquece o braço que está segurando o arco, desalinhando-o ligeiramente da posição ideal.

como podemos ver não existe a postura perfeita. O que existe são elementos fisiológicos que irão divergir de corpo para corpo. cada arqueiro tem que ser analisado individualmente e corrigido conforme a sua necessidade.

2. A cintura e as costas:

O segundo elemento muito importante é a cintura. Como base podemos afirmar que a cintura deveria estar alinhada com os pés e os ombros.

A cintura é uma junta que conecta os pés ao resto do corpo, e é através dela que podemos endireitar e balancear o corpo.
No desenho acima podemos ver bem claro. A figura 1 é a postura ideal. A cintura está alinhada com o resto do corpo. Desata forma se pode economizar o máximo de energia e força ao puxar o arco. cada desalinhamento vai forçar mais a musculatura e conseqüentemente cansar o corpo mais rápido.

O caso 2, acontece quando o arqueiro mantém a posição 5 dos pés que acabamos ver acima. Neste caso, se tenta compensar a virada do torso. Esta postura da cintura diminui a abertura dos braços e do peito, obrigando o arqueiro a fazer uma abertura menor. Ela pode causar que uma flecha, mesmo sendo puxada até a sua puxada normal (o cliker no caso do recurvo, ou o martelo no caso do composto) cai durante o tiro. A razão é que ao atirar o braço que segura o arco perde tenção  fazendo com que a flecha não sai com o mesmo ímpeto. O outro problema desta postura é que as flechas tendem a ir mais para a direita para arqueiros destros e vice versa para canhotos.
O que isso no quer dizer, é que, quando se está cansado, ou por uma razão não clara, no meio do campeonato todas as flechas começarem a ir mais para a esquerda, depois de ter ajustado a mira, se pode compensar tal falha inexplicável, movendo um pouco o pé para a frente, até a próxima pausa para concertar o erro no arco.
o que nunca podemos e devemos esquecer é que cada mudança de postura gera uma mudança na mira.

No caso 3, a cintura foi movida para trás para compensar a posição dos pés conforme o caso quatro. O efeito aqui é o contrário do efeito do caso 2. Neste caso as flechas tendem a ir para o lado esquerdo para arqueiro destro, e vice versa para canhoto. esta postura se dá devido ao posicionamento dos pés na posição 4.
esta postura causa um excesso na curvatura da parte lombar da coluna conforme o desenho abaixo. o certo seria uma postura que nem o desenho 1. Mas muitas vezes acontece que o arqueiro (a) tende a adotar uma postura que nem o desenho 2. Inclusive muitos arqueiros, e em especial arqueiras de ponta e de nível olímpico e mundial adotam esta postura. esta postura não é saudável a longo prazo. Nós não queremos praticar este esporte só por alguns anos e sim a vida toda, por isso temos que cuidar do corpo já no começo e não depois dele estar danificado.
Uma opção par melhor a postura seria conforme a velha tradição e tiro com arco tradicional coreano, trazer o bumbum para a frente tencionando as pernas e a barriga para dentro. infelizmente isso é difícil, especialmente quando se atira com um recurvo com laminas pesadas. O problema é que ao fazermos força, par podermos segurar o arco e puxá-lo direito, muitas vezes compensamos a falta de força nas costas com os músculos da cintura e da parte lombar da coluna assim acentuando a curvatura natural da coluna até o excesso prejudicando a nossa postura e a nossa saúde.
E por fim temos o posicionamento da postura em relação ao resto do corpo.
No desenho acima a postura 1 é ideal e a única certa. esta é uma das poucas exceções em que se deve realmente tentar manter o que está prescrito.

No caso 2 acontece quando o arco é muito pesado e o arqueiro não está treinado para segurar o arco. Aí o arqueiro tenta compensar recuando com o corpo para trás, e na maioria das vezes ele (a) nem, seque nota este erro fatal.
existe duas forma de corrigir este erro depois de ter treinado o braço e fortalecido a musculatura do braço que segura o arco. Uma possibilidade seria conscientemente trazer o corpo para frente como se estivesse empurrando o arco. E a segunda forma seria deslocar somente a cintura um pouco para trás para compensar o ombro  e assim alinhar o corpo.
o ideal seria combinar ambos os movimentos, empurrar um pouco o arco e trazer ao mesmo tempo a cintura para trás, sem cometer o erro de exagerar nos movimentos e acabar que nem na figura 3, onde a maior parte do peso do corpo acaba em cima de uma só perna.
É evidente que existem anomalias físicas que vai fazer com que certos atletas acabem adotando uma postura menos ortodoxa, mas isso não dever ser usado como desculpa para falta de treino. e mesmo para tais arqueiros, a meta é chegar o mais próximo á postura central que nem na figura 1.
no desenho acima podemos ver as musculaturas das costas, em especial as dos ombros e da nuca.

3. Os ombros:

A posição dos ombros é essencial para um bom tiro. Os braços e a puxada tem que estar alinhada com os ombros, e sobre este aspecto iremos falar no próximo capítulo: a pré puxada e a puxada
O alinhamento dos ombros tem que ser de tal forma que ao fazer a minha puxada final eu possa utilizar a musculatura das omoplatas e das costas para terminar o meu tiro.
Por isso é muito importante o alinhamento entre cintura e ombros para que eu tenha a maior abertura possível  sem correr o perigo de abrir demais.
Quando o braço que segura o arco estiver alinhado com o ombro, a própria anatomia do corpo cria uma estabilidade e suporte do braço, de tal forma que eu não preciso de usar força para manter o arco no lugar e estendido. O ombro forma uma concha que envolve o úmero, o osso do braço.

Quando o braço está estendido em uma linha reta com o resto do ombro, então o úmero se encaixa perfeitamente nesta concha tendo suporte na escápula.
Agora se o alinhamento não for perfeito e o braço tender mais para a frente ou para trás, somos obrigados a exercer força para manter o arco posicionado, e quanto mais potente for o arco mais força somos obrigados a exercer.
Este desalineamento faze com que depois de cada tiro o arco tende a cair par um ou para o outro lado fazendo com que a flecha não acerte o centro do alvo.

Se a posição da cintura estiver para trás a tendência é mover o braço depois do tiro para trás. Se a cintura estiver virada para a frente, a tendência é mover o braço para a frente. A razão é bem simples. a pressão do arco é maior do que a nossa capacidade de mantê-lo estável. Enquanto tiver pressão, o arco é mantido estável, mas no momento em que a corda for soltada a pressão automaticamente repentinamente desaparece causando assim uma des-estabilidade no braço, que por sua vez vai influenciar a trajetória da flecha.

Pegue um companheiro e peça para ele empurrar lateralmente o seu braço estendido. Resista á pressão. Agora peça ao seu companheiro para tirar a preção repentinamente do seu braço sem antes avisar. o que vai acontecer? O seu braço se move na direção de onde vinha a pressão.

No desenho abaixo podemos ver a articulação do ombro, os tendões e a musculatura. Embaixo também temos os principais problemas que afetam o ombro: a bursite, a tendinite, lesão de impacto e da rótula. Das mencionada as lesões que podem ocorrer são a bursite e a tendinite, em especial devido a postura errônea e por causa de uma potência exagerada do arco.
 
4. A cabeça:

A postura da cabeça é muito importante, porque é ela que vai determinar se a flecha vai acertar o alvo ou não. Cada mudança na postura da cabeça vai ter um enorme efeito indesejável.
A razão é simples. Quando usamos a mira, os pontos de referencia têm que ser os mesmo com cada tiro. Se tais pontos hora toda forem diferentes a mira nunca estará ajustada adequadamente.
No capítulo anterior nós aprendemos a respiração adequada e a posição adequada da cabeça.
Nós lemos que primeiro devemos inspirar, e abaixar o queixo. Por quê abaixar o queixo? Muito simples. se você se posicionar na frente de um espelho e se olhar você irá notar que você não esta reto, e sim mantém a cabeça um pouco inclinada para trás e o queixo um pouco elevado. Agora, olhando o espelho tente endireitar o corpo e olhar diretamente nos seus olhos. Agora você irá notar que o seu queixo tem que abaixar para você olhar reto, isso causa uma certa tenção na sua nuca. isso é norma porque a musculatura de sua nuca está um pouco atrofiada por causa de pouco exercícios e muita tenção.
Com a cabeça agora reta você a vira para o lado, se você for destro para o lado esquerdo e olhe por cima do ombro esquerdo. se você for canhoto o contrário. Se você fizer tudo certo o eu queixo fica baixo. agora se você não olhou reto e sim permaneceu com o queixo elevado e o virar você irá torcer o pescoço e inclinar a cabeça. e é exatamente isto que nós queremos evitar, torcer o pescoço e mover o queixo lateralmente.
O objetivo do tiro é repetir a mesma postura em cada tiro, quanto melhor você consegue repetir a mesma postura mais certeiro será o seu tiro. Cada inclinação vai mudar o vínculo entre o seu olho e a mira e também vai mudar a referência de ancoragem assim mudando as referencias da mira. Sobre este tema iremos falar no próximo capítulo: a ancoragem.
Como podemos notar, a posição de sua cabeça e muito importante porque é a sua cabeça que vai servir como ponto de referencia para o ajuste da mira. No desenha abaixo podemos ver a diferença entre olhar reto e olhar inclinado.


A postura A a cabeça está reta e a nuca endireitada. Se mantermos esta postura ao viramos o cabeça para o lado ela irá virar reta sem inclinação. Nesta postura temos que trabalhar menos músculos e eles conseguem trabalhar com maior constância.

Já na figura B notamos que ao relaxarmos a postura o queixo sobe e nós na realidade não olhamos reto e sim de coma para baixo com um pequeno vínculo. Ao virarmos a cabeça para o lado, não só levantamos desnecessariamente o queixo como inclinamos a cabeça, e é esta inclinação que torna o tiro fatal porque ela nunca é repedia identicamente.

É evidente que existe exceções devido a certos problemas musculares ou outras razões, que evitam o arqueiro (a) a manter a postura ereta, mas nem por isso devemos treinar esta postura.

Técnicas básicas de tiro


I - Técnicas básicas de tiro
Existem muitos sistemas diferentes de exercitar a mente e o corpo adequadamente. E nenhum deles é o mais certo ou o mais errado. Tudo depende do aluno, do professor e da metodologia.
Nós podemos dividir o treino em várias etapas.
Primeiro temos o treino básico onde o aluno(a) aprende a postura e os elementos e técnicas básicas da prática do tiro com arco e flechas.
Como funciona um tiro:
1. Você se posiciona na linha de tiro, com os pés de cada lado da linha demarcada, ficando de lado para o alvo.
2. Você coloca a flecha na corda e em cima do apoio da flecha (rest), se for destro segura o arco com a mão esquerda e puxa a corda com a mão direita.
3. Depois de ter botado a flecha na corda, você coloca os três primeiros dedos da mão direita (para destros, canhotos o contrário) na corda até no máximo a primeira juntura dos dedos.
4. Você inspira, olha para o lado do alvo, espira, inspira de novo levantando o arco e mantendo a mira no alvo você puxa a corda até ela tocar a ponta do seu nariz e a sua mão tocar o seu queixo.
5. Você alinha a corda no arco e solta a corda.
6. Você mantém o arco erguido até a flecha acertar o alvo, e então você relaxa o corpo inteiro e se prepara para o próximo tiro.
7. Você confere o tiro através da luneta para ver se tem que ajustar a mira, faz os ajustes necessários e se posiciona para o próximo tiro.
8. Você esquece o tiro anterior e se concentra no próximo tiro como se ele fosse o único tiro que você vai dar.
As técnicas básicas do tiro começam primeiro com o teste da dominância do olho e depois se dividem em 10 etapas.
Dominância do olho
Antes de começara a atirar com o arco é importante determinara dominância do olho, com qual olho se mira. Como existem pessoas que escrevem com a direita ou com a esquerda também temos atiradores canhotos ou destros. A dominância do olho não tem que ser igual a dominância com as mãos ao escrever por exemplo. Tem muitos arqueiros que são destros, mas atiram com a esquerda porque o olho dominante é o esquerdo.
Uma pessoa com o olho direito dominante deveria segurar o arco com a mão esquerda e puxar a corda com a mão direta. Quem tiver o olho esquerdo como dominante é o inverso. A razão para tal é para alinhar a flecha no arco com o olho e assim facilitar o tiro.
Existe casos em que um arqueiro com dominância de olho esquerdo prefere atirar como destro (porque é destro e se sente desajeitado atirar como canhoto). Isso deveria ser evitado se for possível. Porque em tais casos o olho dominante será substituído pelo outro olho e tal vai afetar o outro olho o forçando desnecessariamente podendo levar a futuras lesões nesse olho.
Como testar a dominância do olho                  
Como amostra os desenhos acima, você estica ambos os braços e com as mãos faz uma pequena abertura circular pela qual você mira o alvo. Você tenta olhar com ambos os olhos abertos através da abertura das suas mãos o alvo. Agora, sem mover a cabeça você fecha o olho esquerdo e olha com o olho direito através de suas mão o alvo. . Você está vendo o alvo? Você faz o mesmo procedimento sem mover a cabeça para o lado, fechando o olho direito e olhando com o olho esquerdo. Se você ver o alvo com o olho direito e não o mais ver com o olho esquerdo, você é destro na dominância do olho. No outro caso, você é canhoto. Agora para assegurar que você fez tudo certo você de novo estica os braços, faz a abertura com as mãos, olhe o alvo com ambos os olhos através da abertura e devagar vai trazendo as mãos cada vez mais perto da face até encostar com as mãos um de seus olhos. Esse será o olho dominante e deveria ser o mesmo que você descobriu com o exercício anterior
Os 10 passos são:
Postura
Colocar a flecha
Empunhadura
Pré puxada
Puxada
Ancoragem
Mirar
Largada
Finalização
Relaxamento
1. Postura
Toda vez que um arqueiro dispara uma flecha, ele deve seguir uma seqüência exata de movimentos que devem ser repetidos da mesma forma, com o máximo de precisão, para que todas as flechas se agrupem no centro do alvo.
A seguir será apresentada a técnica “Clássica” do tiro com arco, que foi utilizada por Gilman Keasey para ganhar o campeonato dos Estados Unidos de 1935, e que continua sendo utilizada até hoje com bons resultados.
É considerado técnica ao conjunto de movimentos que levam o arqueiro a realizar o tiro com perfeição. Devido às diferentes constituições físicas e psíquicas dos arqueiros, algumas variações podem ser criadas em cima de uma técnica, constituindo então um estilo.
Por questões didáticas a técnica apresentada será dividida em nove etapas, mas que na verdade constituem um único conjunto de movimentos, que se inicia quando o atleta decide atirar a flecha, e termina quando a flecha alcança o alvo.
1. Postura do corpo
2. Colocação da flecha
3. Empunhadura
4. Pré-puxada
5. Puxada
6. Ancoragem
7. Mira
8. Largada
9. Finalização

1. Postura do corpo

O atleta deve se posicionar com a linha de tiro entre os dois pés, de forma eqüidistante, e com uma abertura das pernas equivalente à largura dos ombros.
Se os pés estiverem muito juntos irão provocar um desequilíbrio do corpo na hora do disparo; e se estiverem muito abertos provocarão um cansaço na musculatura da perna provocando desconforto e conseqüente imprecisão do tiro.
O peso do corpo deve estar igualmente distribuído nas duas pernas.
O arqueiro fica reto e confortável, em posição relaxada com ambos os pés paralelos á linha de tiro. Os deveria estar mais ou menos a largura de seus ombros. O peso do corpo deveria ser distribuído igualmente entre ambos os pés e distribuído entre a plante e o calcanhar dos pés.
Durante o tiro a postura deverá permanecer constante e sem movimentação par frente ou para traz.
Se tiver algum problema com a corda batendo no braço se pode adotar a postura aberta (desenho acima - open stance). Isso significa que se trás o pé de traz um pouco para frente.
Uma vez escolhido a postura ela tem que ser sempre a mesmo, em alguns casos se recomenda a fazer um marca no chão para sinalizar a posição dos pés.

sábado, 23 de junho de 2012

Por onde começar?  Pergunta frequente que todos tem em relação a arco e flecha

  1. Que tipo de equipamento iniciar.
  2. Onde praticar.
  3. Que alvo usar.
  4. Tipos de flechas.
  5. Acessórios.
  6. Técnicas usar.

Vamos lá, primeiro  você precisa saber qual vai ser a finalidade, esporte,lazer ou caça. Cada uma dessas opções você escolher significa muito para a compra do arco, não adianta você comprar um arco para caça e tentar usar para o esporte ou  um arco de lazer para caçar, você jamais vai ter o mesmo desempenho e irá ter muita dor de cabeça e acabar desistindo, ter em mente qual modalidade pretende seguir que não se arrependerá.
Existem vários modelos de arcos cada um com um proposito, Composto,Recurvo,Recurvo tradicional,Longbow e Crossbow.
Composto existem modelos para caça e para tiro ao alvo "Target", vários modelos, com  potência, polias redondas, oval e tamanhos de arcos e etc.  Composto para Target pequeno composto por varias partes veja na imagem abaixo a diferença entre Composto para target e para caça.         
                                                                               Composto para Target completo


                                                                                Composto para caça completo